Líbero .
Vai. Finge que liga pra alguém.
Não olha pras pessoas! Ora essa!
Claro que estão te olhando. Não gasta reação inútil!
Com essa mão não.
Troca o telefone de mão.
{Se você tiver cicatriz, tatuagem, anel de valor sentimental, um dedo a menos, qualquer coisa dessas ou todas juntas, então é melhor não.}
Essa mão não.
Deu. Não estão te reparando daquele lado. Nem do outro.
Olha! Isso. E pronto. E já olha pros lados de novo.
Já deu. Anda de novo.
Conclusão: “E é!”.
Então era aquilo.
Ok. Passo!
Não há como eu esperar uma outra obra como essa.
Aliás, gastando a idéia de obrar, tenho que mencionar meu pai,
que sabiamente usava esse verbo pra se referir a cagar.
Mas enfim. Continuando a obra.
Se, depois de ler algo meu, alguém ler algo mais,
é impossível que leia algo novo, porque o que escrevo sou eu,
e não há dois de mim, apesar do tempo,
e apesar do espaço, e,
como se não bastasse,
do pensamento.
Eu sou ruim pra ser dois até em pensamento.
Pra não dizer que dou trabalho até em pensamento.
E trabalho pra quem?... pra mim, claro!
Voltando ao fato:
Se alguém ler além disso,
não lerá mais que
o mesmo.
Mais do mesmo.
ou
Duas versões de cinco minutos atrás.
ou
Aprender ou teimar?
ou
Ritornello
ou
Na verdade, tem uma puta. Tem cinco pessoas e pelo menos uma delas é uma puta.
Espera. Não era uma puta. Volta.
Isso. Volta. Fôlego. Disfarça que parece uma casa que você reconhecia, e, volta.
Pronto,
desce de novo
como se “não”. Como se não fosse.
“Não era!”. Falsa impressão.
E olha de novo.
Não era uma puta. Nem eram cinco pessoas.
Eram seis. Não. Sete!
E essa sim, mesmo que não seja,
vai ser pra sempre lembrada como puta!
Vai ser linda assim lá no meu futuro!!!
Andar não é a mesma coisa
E: continua andando!
Conheço nada! mas é mais do que suporto.
Aliás, minha curiosidade me leva a colapsos de objetivos
constantemente, repetidamente, & irritantemente!
E quando digo nada, não me refiro menos do que
mais ou menos umas duzentas mil pessoas,
distribuídas em pelo menos cinco continentes, incluindo um desses nossos,
aqui nesse nosso planeta alegre (alegre embora pelo menos um dos pés no blues,
que ironicamente [provavelmente] deve ter sua máxima num black,
enfim,
me refiro a nosso mundo, plano,
que de repente ficou redondo,
e depois disso ficou pequeno,
e depois disso virou uma coisa só, sem tamanho, sem espaço, e de relógios invertidos,
de idiomas misturados, de roupas sobrepostas, de cabelos épicos de tão atuais,
de vontades múltiplas de tão únicas, de tão vazias
por não serem “tudo” pra mais do que uma pessoa,
uma pessoa que só existe pra ela mesma, porque
todas as outras possibilidades de interpretação estarão longe, no mínimo longe,
no mínimo dentro de outra cabeça,
no mínimo,
deixa pra lá. Anda, vai!
continua andando!
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